Wednesday, December 23, 2009

Feliz Natal e um 2010 cheio de coisas boas


Meus queridos leitores, sei que tenho estado ausente do nosso pedacinho de oceano, mas não podia deixar esta época chegar e passar sem vos desejar o melhor do mundo para todos, com muita amizade, alegria, saúde e o amor possível. Que o calor do Natal chegue aos vossos corações e vivam a quadra valorizando sentimentos e afectos em troca do consumismo. Uma noite feliz para todos.



Quanto a 2010, que seja um verdadeiro recomeço, para se atingir as conquistas que ainda não concretizamos, para lutar pelos nossos sonhos e melhor ainda colher os seus frutos, que seja um ano de amor, alegria, saúde e paz, e que sejamos todos felizes no nosso dia-a-dia. Espero que os meus sonhos de alguma forma encontrem a sua concretização neste novo ano e não desejo menos para todos os meus amigos e leitores deste blogue. Cá estarei como até hoje para vos dar conta dos meus sucessos, fracassos, e desvios do caminho, e para vos mostrar que mesmo contra as adversidades sei sorrir, lutar, enfrentar, ultrapassar e festejar a vida, esse milagre sempre fantástico de todas as horas.


Merry Christmas to All and to All a Good Night , Happy 2010!

Tuesday, October 13, 2009

poesia do dia


Cecília Meireles

Permita que eu feche os meus olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te.
Permite que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silencio,
e a dor é de origem divina.
Permite que eu volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho
como as estrelas no seu rumo.

Thursday, September 24, 2009

Não Me Digas ...

foto tirada do devianart

Não me digas que me amas
Se não o sentires de facto
Não me digas que me queres
Se para ti sou um passatempo
Não me digas que sonhas casar
Se no fundo sabes que me estás a enganar
Não me digas que queres os nossos filhos
Quando tu próprio és criança
Não me digas que me farás feliz
Para depois não passar de falsa esperança
Não me digas que me protegerás da dor
E depois partes-me o coração mil vezes sem fim
Não me digas que te orgulhas de mim
E me fazes sentir lixo e indigna
Não me digas que me aceitas
Se depois tentas mudar-me
Não me digas que me respeitas
Se depois nem me ouves
Não me digas que me apoias
Se depois és fonte de tensão
Não me digas que sou linda
Se no fundo te envergonhas
Não me digas que não me queres perder
Se nunca soubeste lutar por mim
Não me digas mais mentiras
Se és cobarde para enfrentar a verdade
Não me digas que és meu amigo
Se te comportas como meu inimigo
Não me digas que pensas em mim
Se provas que só pensas em ti
Não me digas mentiras
Não me digas falsidades
Prefiro até que não digas nada
Por agora, talvez para sempre
Não me digas mais nada,
O que me disseste já foi demais!!!
Não me digas mais nada.

Inês d'Eça
10.09.09

Saturday, June 20, 2009



Deito fora as imagens,
Sem ti para que me servem
as imagens?

Preciso habituar-me
a substituir-te
pelo vento,
que está em toda a parte
e cuja direcção
é igualmente passageira
e verídica.

Preciso habituar-me ao eco dos teus passos
numa casa deserta,
ao trémulo vigor de todos os teus gestos
invisíveis,
à canção que tu cantas e que mais ninguém ouve
a não ser eu.

Serei feliz sem as imagens.
As imagens não dão
felicidade a ninguém.

Era mais difícil perder-te,
e, no entanto, perdi-te.

Era mais difícil inventar-te,
e eu te inventei.

Posso passar sem as imagens
assim como posso
passar sem ti.

E hei-de ser feliz ainda que
isso não seja ser feliz.

Sunday, May 24, 2009

Um Desafio: Conhecem escritores que desafiem a vossa criatividade...

Haunted: Faolan by Kay Eyvind and Nessa by Freya Gorny

Daughter of the Forest by Jessica

Sorcha
by Miva


Estes desenhos não são meus, por isso por baixo de cada imagem tem o nome da imagem e do autor, tal como eles se apresentam na página oficial da minha escritora preferida: Juliet Marillier, e embora talvez não seja correcto ter usado as imagens sem autorização dos autores, mas era preciso para vos explicar o meu desafio. Estes autores e muitos outros são os fans fieis da Juliet e que inspirados pelas suas histórias não só criaram desenhos, fotos, como também poemas e pequenas histórias e estão espalhados por todo o mundo onde a Juliet tem os seus livros publicados (Portugal, EUA, Australia, Nova Zelândia, Brasil, Itália e Alemanha, pelo menos) e como tal aqui vem o meu desafio:
1-Têm escritores que vos inspirem assim?
2-Que escritores vos inspiraram ?
3-Qual foi a forma física que expressaram essa criatividade?

Eu já escrevi há muito tempo (tanto que já foi retirado do site da autora) um poema baseado no primeiro livro da saga das ilhas brilhantes. E depois de ler o livro do post anterior já comecei a deliniar uma curta história que mais tarde postarei aqui. Perdoem-me mas a minha admiração por esta escritora, faz-me vibrar tanto que os próximos posts se prenderam com ela e com as suas histórias, aproveitando este momento para deixar um aviso, quando eu terminar a curta história baseada neste livro, terei um aviso para que quem nunca leu este livro dela, e pretende ler o livro em questão ou a obra dela, NÃO LEREM esse post, com o risco de encotrarem os chamados Spoylers, e quem nunca pretende ler esta escritora, caso goste da minha história e se entusiasme em conhecer esta obra, aconselho que começe pela Filha da Floresta, que é o primeiro livro da Trilogia, e volto a lembrar o livro Herdeiro de Sevenwaters é um livro independente da trilogia Sevenwaters, apesar de ter o mesmo cenário e algumas personagens da Trilogia. Agora respondam ao meu desafio, pois sinceramente queria saber se só a Juliet Marillier tem este poder ou há mais escritores que apaixonem os seus leitores desta maneira tão criativa...

Sunday, May 17, 2009

Já o tenho ALELUIA



Finalmente, o último livro da minha escritora preferida. Eu nem tenho palavras para vos contar o quanto eu esperei por este livro, o quanto ansiei, porque além do óbvio fanatismo pelas obras desta escritora maravilhosa e super próxima dos seus fanáticos fans, neste livro, que contra o que diz um autocolante da capa, não é o "esperado desenlace da trilogia Sevenwaters", reencontramos personagens queridas de quem eu já morria de saudades (apesar das 6/7 vezes que já li a trilogia, e desconfio que depois de ler este livro vou ter que ler mais uma vez a trilogia e este LOL). Mas para tornar as coisas mais claras vou explicar. Os primeiros livros desta escritora são uma trilogia e sempre foram uma trilogia de três gerações de uma família irlandesa que desenvolve a sua história apartir do conto infantil "Os cines selvagens", e com a mestria da Juliet consegue encantar e cativar todos os que gostam de romances credíveis mas com uma pitada q.b. de mundos fantásticos. Acresce-se a isto histórias e casais românticos inesquecíveis. Já este livro, embora conte com algumas personagens dos livros anteriores, é o que em inglês se diz de "stand-alone" ou seja, é um livro que nada tem a ver com os 3 primeiros livros. Não faço neste momento uma sinopse porque ainda não o comecei a ler. Foi oferecido hoje e embora eu desejasse a edição original com esta outra capa não consegui aguentar esperar mais não sei quantos meses , pois na minha livraria virtual habitual encontra-se esgotado sem previsão de disponibilidade, pelo que não aguentava mais tempo de espera depois de quase dois anos.
Enfim, depois de o ler venho aqui dizer vos a minha justiça, mas conhecendo a escritora já sei que vou gostar. E saiu mesmo na altura certa, pois não há nada que me anime tanto quanto a escrita da Juliet e as suas personagens, que amo e revisito sempre que sinto falta muitas vezes. As heroinas são fortes e determinadas, os heróis valentes, apaixonados e sofridos, e outras personagens são tão más ou tão complexas que fascinam-nos e são igualmente inesquecíveis, e a acção arrasta-nos como espectadores priveligiados a um mundo maravilhoso. Desculpem mas se há livros/escritora pela qual eu sou fanática, mas não estou sozinha, penso que já atingimos os quase mil mas isso podem ver nos meus links no mundo marillier. Esta noite durmo feliz lol

Thursday, May 14, 2009

Eu gosto desta música



E o clip está engraçado, ainda tem o bonus de ter umas cenas na biblioteca da minha universidade, e acho a letra desta música simultaneamente positiva e triste. E realmente a Lucia Moniz e o Diogo Morgado têm mesmo muita quimica juntos.

E eu... I Keep Trying....

Tuesday, May 12, 2009

Receita para levantar a moral...


Uma mãe meiga e ternurenta, um namorado compreensivo e perspicaz e três pestes caninas adoráveis, mistura-se tudo num banho quente e esfrega-se um creme de sono tranquilo e o dia de amanhã será bem melhor. OBRIGADA meus adoráveis entes queridos.

Friday, May 08, 2009

Há dias em que...


Só me apetece ser um destes seres, e nadar sempre até ao silêncio das profundezas na ânsia de encontrar paz...

Este Blogue existe para exprimir sentimentos, pensamentos, criatividade e tudo o mais. Compreendo, respeito mas alerto: Não me amordaçam os pensamentos, nunca.

Poesia do dia...


Meu Senhor, tende piedade dos que andam de bonde
E sonham no longo percurso com automóveis, apartamentos...
Mas tende piedade também dos que andam de automóvel
Quantos enfrentam a cidade movediça de sonâmbulos, na direção.

Tende piedade das pequenas famílias suburbanas
E em particular dos adolescentes que se embebedam de domingos
Mas tende mais piedade ainda de dois elegantes que passam
E sem saber inventam a doutrina do pão e da guilhotina

Tende muita piedade do mocinho franzino, três cruzes, poeta
Que só tem de seu as costeletas e a namorada pequenina
Mas tende mais piedade ainda do impávido forte colosso do esporte
E que se encaminha lutando, remando, nadando para a morte.

Tende imensa piedade dos músicos de cafés e de casas de chá
Que são virtuoses da própria tristeza e solidão
Mas tende piedade também dos que buscam o silêncio
E súbito se abate sobre eles uma ária da Tosca.

Não esqueçais também em vossa piedade os pobres que enriqueceram
E para quem o suicídio ainda é a mais doce solução
Mas tende realmente piedade dos ricos que empobreceram
E tornam-se heróicos e à santa pobreza dão um ar de grandeza.

Tende infinita piedade dos vendedores de passarinhos
Quem em suas alminhas claras deixam a lágrima e a incompreensão
E tende piedade também, menor embora, dos vendedores de balcão
Que amam as freguesas e saem de noite, quem sabe onde vão...

Tende piedade dos barbeiros em geral, e dos cabeleireiros
Que se efeminam por profissão mas são humildes nas suas carícias
Mas tende maior piedade ainda dos que cortam o cabelo:
Que espera, que angústia, que indigno, meu Deus!

Tende piedade dos sapateiros e caixeiros de sapataria
Quem lembram madalenas arrependidas pedindo piedade pelos sapatos
Mas lembrai-vos também dos que se calçam de novo
Nada pior que um sapato apertado, Senhor Deus.

Tende piedade dos homens úteis como os dentistas
Que sofrem de utilidade e vivem para fazer sofrer
Mas tente mais piedade dos veterinários e práticos de farmácia
Que muito eles gostariam de ser médicos, Senhor.

Tende piedade dos homens públicos e em particular dos políticos
Pela sua fala fácil, olhar brilhante e segurança dos gestos de mão
Mas tende mais piedade ainda dos seus criados, próximos e parentes
Fazei, Senhor, com que deles não saiam políticos também.

E no longo capítulo das mulheres, Senhor, tenha piedade das mulheres
Castigai minha alma, mas tende piedade das mulheres
Enlouquecei meu espírito, mas tende piedade das mulheres
Ulcerai minha carne, mas tende piedade das mulheres!

Tende piedade da moça feia que serve na vida
De casa, comida e roupa lavada da moça bonita
Mas tende mais piedade ainda da moça bonita
Que o homem molesta — que o homem não presta, não presta, meu Deus!

Tende piedade das moças pequenas das ruas transversais
Que de apoio na vida só têm Santa Janela da Consolação
E sonham exaltadas nos quartos humildes
Os olhos perdidos e o seio na mão.

Tende piedade da mulher no primeiro coito
Onde se cria a primeira alegria da Criação
E onde se consuma a tragédia dos anjos
E onde a morte encontra a vida em desintegração.

Tende piedade da mulher no instante do parto
Onde ela é como a água explodindo em convulsão
Onde ela é como a terra vomitando cólera
Onde ela é como a lua parindo desilusão.

Tende piedade das mulheres chamadas desquitadas
Porque nelas se refaz misteriosamente a virgindade
Mas tende piedade também das mulheres casadas
Que se sacrificam e se simplificam a troco de nada.

Tende piedade, Senhor, das mulheres chamadas vagabundas
Que são desgraçadas e são exploradas e são infecundas
Mas que vendem barato muito instante de esquecimento
E em paga o homem mata com a navalha, com o fogo, com o veneno.

Tende piedade, Senhor, das primeiras namoradas
De corpo hermético e coração patético
Que saem à rua felizes mas que sempre entram desgraçadas
Que se crêem vestidas mas que em verdade vivem nuas.

Tende piedade, Senhor, de todas as mulheres
Que ninguém mais merece tanto amor e amizade
Que ninguém mais deseja tanto poesia e sinceridade
Que ninguém mais precisa tanto alegria e serenidade.

Tende infinita piedade delas, Senhor, que são puras
Que são crianças e são trágicas e são belas
Que caminham ao sopro dos ventos e que pecam
E que têm a única emoção da vida nelas.

Tende piedade delas, Senhor, que uma me disse
Ter piedade de si mesma e da sua louca mocidade
E outra, à simples emoção do amor piedoso
Delirava e se desfazia em gozos de amor de carne.

Tende piedade delas, Senhor, que dentro delas
A vida fere mais fundo e mais fecundo
E o sexo está nelas, e o mundo está nelas
E a loucura reside nesse mundo.

Tende piedade, Senhor, das santas mulheres
Dos meninos velhos, dos homens humilhados — sede enfim
Piedoso com todos, que tudo merece piedade
E se piedade vos sobrar, Senhor, tende piedade de mim!

Tuesday, May 05, 2009

Domingo, Lisboa, 3 de Maio de 2009

Glitter Graphics

Glitter Mother's Day Graphics



Antes de mais espero que todos tenham tido um bom dia da Mãe! Eu ainda só o celebro como filha pois a vida ainda não me abençoou com a maternidade... Ainda assim fiz deste dia um dia em cheio, mesmo com crise e tudo.... Assim eu e a minha maravilhosa Tita vivemos um dia de simbolismo ímpar.
Para começar, logo de manhã ela teve direito a um belo banho de espuma, com sais de cheiro e velas (para começar o dia de trabalho em ambiente de relax e variar do costumeiro pequeno-almoço na cama). Depois e para não a atrasar e permitir que a mãe canina celebrasse o dia com os filhotes, peguei nas minhas 3 pestes de 4 patas e fui dar um passeio pelo Jardim da Praça Central, os 4 (eu e os cães acompanhámos-la ao transporte) e depois de algumas voltas trouxe as pestes para casa e vim trocar-me para a ir buscar ao trabalho.
Já eram perto das 16h quando sai de casa sem noção de que comboio ia apanhar (era suposto os horários sairem naquele domingo, mas tal como em muito sitio em Portugal, não sairam e nem funcionários nem utentes andavam informados...) o que resultou em que apanhasse o comboio ás 17h20, chegando cerca de 10 min antes da saida da minha Tita do seu trabalho. Assim juntas fomos a pé pelo paredão até á cidadela de Cascais, pois a intenção era, por um lado ver a festa da flor (desilusão absoluta comparada com a Festa da Flor da Madeira) e por outro lado, entrar na Cidadela, espaço há anos fechado ao público excepto em ocasiões extraordinárias, e onde há muito tempo a minha princesa mãe gostaria de ir (também foi algo desconsolador para o que esperávamos, enfim) e como isso não correu tão bem como o esperado e os nossos queixosos pés não paravam quietos lá fomos ainda dar uma volta na marina de Cascais. Para quem não ia lá há anos, estranhei muita coisa fechada... Enfim. De qualquer modo foi bom matar as saudades desta linda vista:


Chegamos mortas de sono a Telheiras perto das 22h e muitos, e ao vermos o Jerónimo/Chilli's aberto, resolvermos satisfazer 2 desejos em um, primeiro um shandy cada uma (mas pelo tamanho daquilo se soubessemos antes era um para duas irra!!!!) e um cafézinho. Animadas descansamos ao pé das nossas pestes e ainda fiquei hiper feliz por sem estar á espera acabar por encontrar aquilo que eu considerei a melhor prenda que podia dar á minha mãe: um saco com medicamentos que ela DEVIA TOMAR TODOS OS DIAS e que andava há mais de um mês perdido cá por casa. Quase chorei com o alívio e espero que ela daqui para a frente começe a ser uma melhor doente... Não quero mais acordar de madrugada a ter de chamar o 112, não quero mais andar com medo que lhe aconteça alguma coisa quando eu não estou com ela... Pode parecer egoista, este desabafo, mas eu sei que não posso estar 24h/24h na companhia dela para evitar que lhe aconteça nada... Não a irei abandonar nunca mas preciso de ter as minhas asas e ter tranquilidade para voar sem medo do que fica atrás... Acredito que existem pessoas, mães ou não que compreendem este sentimento e não me julgam mal. E desculpem terminar menos animada um post que tencionava ser alegre e mostrar que em tempo de crise podemos fazer os outros felizes com pequenos gestos de amor... Beijos para todas as mães...

Cinema com Bombom a dobrar :-)

Sábado, Lisboa, 02 de Maio de 2009

Depois da necessária conversa com ele, no sábado fomos ao cinema ver isto (imagem em cima), e capesar de ir preparada para o doce de boca do H. Jackman, qual não é a minha surpresa de encontrar um outro docinho para a minha vista, pois não é que o perdido (Lost) com cara de cachorrinho que eu mais gosto tinha uma pequena participação no filme (da série Lost eu adoro os bonitões mas este aqui em baixo, desperta-me todo o instinto maternal , que vou fazer LOL) .


Enfim, só vou dizer que gostei do filme porque não quero estragar as surpresas para quem não viu o filme. Fiquei é com mais perguntas que respostas, e não estava á espera. Enfim, acho que vou virar uma marvelmaniaca, e tentar descobrir muito mais do Wolferine, que sempre foi uma das minhas personagens preferidas dos X-Men...


Após a tempestade virá a bonança


Sexta feira, Lisboa, 1 de Maio de 2009


Deu-se o desabafo, deu-se a conversa necessária, ainda estamos de pedra e cal, mas ao menos agora cada um sabe o que o outro sente. Mesmo com a fé na força do amor diminuída, sei que o nosso amor ainda nos une.

Thursday, April 30, 2009

O que nos contaram sobre o amor é mentira...

Hoje dei-me conta de algo que para uma romântica incurável é triste, imensamente triste, e estou sem saber como lidar com toda a dor e mágoa que esta constatação me causa. Eu sempre sonhei com uma vida simples, um homem que fosse um companheiro com quem através da partilha de projectos de vida e modo de encarar a vida, atingisse aquele amor tranquilo e terno, que nos fizesse a nós e aos filhos pessoas felizes. No entanto, conheci o meu namorado com quem estou vai fazer em Novembro 8 anos, e descobri emoções mais profundas, um amor que cada dia que passava aumentava, mais e mais e mais. Senti que se o perdesse, nem os filhos deste amor me manteriam sã e a querer viver, senti que se ficássemos juntos, se nos amássemos, isso era o suficiente para sermos felizes. Sonhei com o nosso casamento, os nossos filhos, e ainda tenho a certeza que ele é o homem da minha vida, ainda não me arrependo de nada que tenhamos vivido juntos, mas apercebi-me que á medida que ele foi conseguindo coisas que para mim ainda estão fora do meu alcançe, as perspectivas dele também foram mudando, ao ponto de embora ainda acredite no seu amor, ponha em causa o meu papel na sua vida, o meu lugar no seu futuro. Maneiras de ver a vida diferente, prioridades diferentes, demasiadas cedências da minha parte, percepção errada de cedências da parte dele, estão a prejudicar o nosso amor. Eu já não tenho fé no nosso futuro a dois... Sinto-me enganada, com todas as músicas, filmes, livros e afins que falam mundos e fundos do poder do amor, da magia, da força regeneradora. E então, porque é que eu me sinto assim, sempre só, nesta relação? Eu nunca fui cega á sorte que tive de encontrar ALGUÉM que amo e me ama, sei de milhares de pessoas que passam pela vida sem este privilégio, mas ao sentir-me tão só, a ver nuvens tão negras, e a minha casinha, com filhos está cada dia mais inalcançável, pergunto, porquê?
Onde está a força, o poder do amor, porque é que eu não tenho direito a ser feliz.... Não desejava o impossível, mas parece que tudo na vida leva para mim mais esforço, só que já perdi a fé na conversa que quando chegar será melhor. Há coisas que não se podem esperar demais, com o perigo de nunca acontecerem... Mas sei que aconteça o que acontecer, irei sempre te amar S. e quero sempre ser tua amiga, pois continuo a não conseguir imaginar a minha vida sem a tua presença...




Tuesday, April 28, 2009

Homenagem á Golden Lady Dorothy

http://www.life.com/image/81498814

Eu cresci a ver a série "Sarilhos com elas" , no original Golden Ladies, e sempre tive muito carinho por qualquer uma das senhoras, não havia filme série ou o que fosse onde uma aparecesse que não me lembrasse da série e da dinâmica das 4 senhoras, a Rose ,timida e ingénua, a Claire, atiradiça, a Dorothy a terra-a-terra, sempre com infinita paciência para a sua mãe, Sophia, a mais maluca de todas. para recordar, em especial a nossa Dorothy que sábado passado faleceu, deixo a primeira parte de um episódio para todos matarmos saudades destas senhoras...

http://www.youtube.com/watch?v=uw_P6pKX6IU

Monday, April 27, 2009

A amizade e o direito de ofensa…


Lisboa, 23 de Janeiro de 2008


Sempre me considerei uma boa amiga, quando gosto de alguém gosto verdadeiramente e muitas vezes atribuo esse “título” não tanto a quem demonstra o merecer (independentemente desse mérito existir, ou não) mas mais a quem por esta ou aquela razão, num dado momento da minha vida tocou o meu coração e aí mesmo , desse dia em diante, guardo essa pessoa. E se ela(e) me desiludir? Posso ficar magoada (e normalmente as primeiras vezes que me magoam perdoo) mas não deixo de ser amiga dessa pessoa.

Maior prova de que sou realmente assim é o facto de nunca ter deixado de ser amiga da minha amiga de Infância, apesar de ela se ter afastado de mim, ter perdido o contacto comigo e ao retomá-lo pouco mais temos sido do que quase conhecidas, pelo menos até recentemente, pois aparentemente estamos novamente muito devagar a nos reaproximarmos. Contudo, nunca irei esquecer que um dia sonhamos ser irmãs e fizemos planos de amizade eterna. Mas também não é dela que eu quero falar.

Quero falar dum amigo que de momento esta aborrecido comigo e eu magoada com ele, e como nunca antes (apesar de mais de um mês de desentendimento) eu verbalizei a ninguém o meu lado da questão e ele por seu lado até a quem não devia meteu no mesmo saco, vou aqui expor a minha verdade, de modo a que me digam vocês, quem de justiça deve se sentir ofendido(a), e quem agiu aqui mal.

Antes de começar devo ainda acrescentar, que para mim as amizades não são descartáveis, nem a pessoa A tem que concordar, aceitar e agir de acordo com o que pensa a pessoa B, para que exista uma amizade sincera entre A e B (mal seria do mundo se por uma opinião desacordante as amizades acabassem, de certeza ninguém assim teria amigos. E não é por combinar uma coisa com alguém que por qualquer razão pessoal descombine esse encontro, que me vou ofender com a pessoa, ou fazer um interrogatório do porquê que não veio ter comigo, onde está,etc…

Pois bem, há já alguns dias ambos ocupados, andávamos a desencontrar-nos e um dia por mensagens ele começou de forma até algo inconveniente a perguntar-me aonde eu estava, com quem e o que fazia a x horas fora de casa (comportamento ainda mais premente do que o do meu namorado, a quem o rapaz já tecera duras críticas) e eu não gostando da situação, mas ainda em tom ligeiro, fiz-lo saber que não estava a gostar, porque amigos, amigos, mas isto, calma aí, nem dum amigo se aceita… Ainda tive o cuidado de meio no gozo lhe escrever uma frase em que o sentido fosse, vê lá se não estás a perguntar demais e por falta de outra palavra melhor usei a palavra que o ofendeu imenso: inquiridor ou inquisitivo, sei lá. Meu Deus, duma palavrinha apenas, e sem intenção maligna, o moço lá se ofendeu.

Reação imediata do moçoilo: mandar sms ao nosso restrito grupo de amigos a dizer que nunca mais me perguntava nada e que eu estava a ser infantil e outras coisas do género. Ora se a primeira atitude já me desagradou e ainda assim sempre podia desculpar-lhe a ofensa, a segunda então já pia de maneira diferente, porque se o desentendimento era comigo, nada tinha que meter 3ªs pessoas ao barulho, além de tudo o resto. Desde desse dia já lhe dei a entender que ainda que ofendida não deixo de ser sua amiga e de lhe querer bem, e ele de certa forma, "desprezou" essas minhas atitudes, julgando me talvez hipócrita, e mais uma vez provou-me que ele descarta as amizades com a mesma facilidade que muda de t-shirt. Há algum tempo atrás uma conhecida em comum disse que não podiamos ficar os dois ofendidos mas depois de tudo o que já disse aqui, sinceramente, não sou eu que procurarei uma aproximação... Reservo o direito de me indignar como pessoas tão voluveís.