Thursday, April 30, 2009

O que nos contaram sobre o amor é mentira...

Hoje dei-me conta de algo que para uma romântica incurável é triste, imensamente triste, e estou sem saber como lidar com toda a dor e mágoa que esta constatação me causa. Eu sempre sonhei com uma vida simples, um homem que fosse um companheiro com quem através da partilha de projectos de vida e modo de encarar a vida, atingisse aquele amor tranquilo e terno, que nos fizesse a nós e aos filhos pessoas felizes. No entanto, conheci o meu namorado com quem estou vai fazer em Novembro 8 anos, e descobri emoções mais profundas, um amor que cada dia que passava aumentava, mais e mais e mais. Senti que se o perdesse, nem os filhos deste amor me manteriam sã e a querer viver, senti que se ficássemos juntos, se nos amássemos, isso era o suficiente para sermos felizes. Sonhei com o nosso casamento, os nossos filhos, e ainda tenho a certeza que ele é o homem da minha vida, ainda não me arrependo de nada que tenhamos vivido juntos, mas apercebi-me que á medida que ele foi conseguindo coisas que para mim ainda estão fora do meu alcançe, as perspectivas dele também foram mudando, ao ponto de embora ainda acredite no seu amor, ponha em causa o meu papel na sua vida, o meu lugar no seu futuro. Maneiras de ver a vida diferente, prioridades diferentes, demasiadas cedências da minha parte, percepção errada de cedências da parte dele, estão a prejudicar o nosso amor. Eu já não tenho fé no nosso futuro a dois... Sinto-me enganada, com todas as músicas, filmes, livros e afins que falam mundos e fundos do poder do amor, da magia, da força regeneradora. E então, porque é que eu me sinto assim, sempre só, nesta relação? Eu nunca fui cega á sorte que tive de encontrar ALGUÉM que amo e me ama, sei de milhares de pessoas que passam pela vida sem este privilégio, mas ao sentir-me tão só, a ver nuvens tão negras, e a minha casinha, com filhos está cada dia mais inalcançável, pergunto, porquê?
Onde está a força, o poder do amor, porque é que eu não tenho direito a ser feliz.... Não desejava o impossível, mas parece que tudo na vida leva para mim mais esforço, só que já perdi a fé na conversa que quando chegar será melhor. Há coisas que não se podem esperar demais, com o perigo de nunca acontecerem... Mas sei que aconteça o que acontecer, irei sempre te amar S. e quero sempre ser tua amiga, pois continuo a não conseguir imaginar a minha vida sem a tua presença...




Tuesday, April 28, 2009

Homenagem á Golden Lady Dorothy

http://www.life.com/image/81498814

Eu cresci a ver a série "Sarilhos com elas" , no original Golden Ladies, e sempre tive muito carinho por qualquer uma das senhoras, não havia filme série ou o que fosse onde uma aparecesse que não me lembrasse da série e da dinâmica das 4 senhoras, a Rose ,timida e ingénua, a Claire, atiradiça, a Dorothy a terra-a-terra, sempre com infinita paciência para a sua mãe, Sophia, a mais maluca de todas. para recordar, em especial a nossa Dorothy que sábado passado faleceu, deixo a primeira parte de um episódio para todos matarmos saudades destas senhoras...

http://www.youtube.com/watch?v=uw_P6pKX6IU

Monday, April 27, 2009

A amizade e o direito de ofensa…


Lisboa, 23 de Janeiro de 2008


Sempre me considerei uma boa amiga, quando gosto de alguém gosto verdadeiramente e muitas vezes atribuo esse “título” não tanto a quem demonstra o merecer (independentemente desse mérito existir, ou não) mas mais a quem por esta ou aquela razão, num dado momento da minha vida tocou o meu coração e aí mesmo , desse dia em diante, guardo essa pessoa. E se ela(e) me desiludir? Posso ficar magoada (e normalmente as primeiras vezes que me magoam perdoo) mas não deixo de ser amiga dessa pessoa.

Maior prova de que sou realmente assim é o facto de nunca ter deixado de ser amiga da minha amiga de Infância, apesar de ela se ter afastado de mim, ter perdido o contacto comigo e ao retomá-lo pouco mais temos sido do que quase conhecidas, pelo menos até recentemente, pois aparentemente estamos novamente muito devagar a nos reaproximarmos. Contudo, nunca irei esquecer que um dia sonhamos ser irmãs e fizemos planos de amizade eterna. Mas também não é dela que eu quero falar.

Quero falar dum amigo que de momento esta aborrecido comigo e eu magoada com ele, e como nunca antes (apesar de mais de um mês de desentendimento) eu verbalizei a ninguém o meu lado da questão e ele por seu lado até a quem não devia meteu no mesmo saco, vou aqui expor a minha verdade, de modo a que me digam vocês, quem de justiça deve se sentir ofendido(a), e quem agiu aqui mal.

Antes de começar devo ainda acrescentar, que para mim as amizades não são descartáveis, nem a pessoa A tem que concordar, aceitar e agir de acordo com o que pensa a pessoa B, para que exista uma amizade sincera entre A e B (mal seria do mundo se por uma opinião desacordante as amizades acabassem, de certeza ninguém assim teria amigos. E não é por combinar uma coisa com alguém que por qualquer razão pessoal descombine esse encontro, que me vou ofender com a pessoa, ou fazer um interrogatório do porquê que não veio ter comigo, onde está,etc…

Pois bem, há já alguns dias ambos ocupados, andávamos a desencontrar-nos e um dia por mensagens ele começou de forma até algo inconveniente a perguntar-me aonde eu estava, com quem e o que fazia a x horas fora de casa (comportamento ainda mais premente do que o do meu namorado, a quem o rapaz já tecera duras críticas) e eu não gostando da situação, mas ainda em tom ligeiro, fiz-lo saber que não estava a gostar, porque amigos, amigos, mas isto, calma aí, nem dum amigo se aceita… Ainda tive o cuidado de meio no gozo lhe escrever uma frase em que o sentido fosse, vê lá se não estás a perguntar demais e por falta de outra palavra melhor usei a palavra que o ofendeu imenso: inquiridor ou inquisitivo, sei lá. Meu Deus, duma palavrinha apenas, e sem intenção maligna, o moço lá se ofendeu.

Reação imediata do moçoilo: mandar sms ao nosso restrito grupo de amigos a dizer que nunca mais me perguntava nada e que eu estava a ser infantil e outras coisas do género. Ora se a primeira atitude já me desagradou e ainda assim sempre podia desculpar-lhe a ofensa, a segunda então já pia de maneira diferente, porque se o desentendimento era comigo, nada tinha que meter 3ªs pessoas ao barulho, além de tudo o resto. Desde desse dia já lhe dei a entender que ainda que ofendida não deixo de ser sua amiga e de lhe querer bem, e ele de certa forma, "desprezou" essas minhas atitudes, julgando me talvez hipócrita, e mais uma vez provou-me que ele descarta as amizades com a mesma facilidade que muda de t-shirt. Há algum tempo atrás uma conhecida em comum disse que não podiamos ficar os dois ofendidos mas depois de tudo o que já disse aqui, sinceramente, não sou eu que procurarei uma aproximação... Reservo o direito de me indignar como pessoas tão voluveís.