Eu volta e meia recordo os meus amigos de infância, de quem a vida me separou e nunca mais juntou, pergunto-me se a vida os tratou bem, ou não, se ainda se lembram de mim, enfim, porque é que não podemos ser mais fortes, mais teimosos que a vida, que acaba sempre por nos afastar daqueles que mais amamos. Os amigos que fui perdendo o contacto vão desde dos que eu fiz na primária até aos do último liceu onde fiz o que me faltava do 12º ano. De muitos recordo-me além do nome a cara e algumas características da sua personalidade mas para minha tristeza de certo se me cruzar com algum não os reconheço... Quem sabe se a internet na sua globalidade não permite que se não vocês, alguém que vos conheça e saiba onde andaram na escola vos reconheça e eu finalmente vos reencontre, para tal vou por nomes,apelidos e colégios para que seja mais fácil vos reencontrar... Se assim for então deixem o vosso comentário e contacto para que eu vos reencontre e falemos dos velhos tempos...
Na última quinta-feira reencontrei uma amiga dos primeiros anos de liceu e embora a tenha reconhecido logo a sua cara (vergonha minha) não consegui imediatamente recordar o nome, mas depois dela mo dizer e desde desse encontro têm me vindo à cabeça várias recordações de nós nas aulas, no refeitório (se vieres a ler isto a prova é que nunca me esqueci como adoravas imitar a personagem do Herman que tinha vindo da Merdaleija, ainda parece que te vejo nessas imitações na nossa mesa do refeitório), e a alegria de a ver trouxe de volta um sentimento de saudade que nunca me abandona dos meus velhos amigos...
Vou começar pelos meus amigos da primária do Colégio Feminino Francês, que foi quem há mais tempo me perdi. Daqui recordo o André Filipe, neto da directora, um menino lindo de olhos azuis, cabelo loiro, um verdadeiro reguila que corria atrás das meninas levantando-nos as saias, mas que quando sozinho connosco tinha gestos de gentileza que se alojam no nosso coração, a Andreia que era a menina mais "forte" da nossa turma, e lembro-me que ela tinha uma carinha redonda sempre emuldurada por dois tótós, o Gustavo, o menino que chorou no dia em que não pode ir connosco numa visita de estudo, a Sónia, a maria-rapaz que juntava-se aos meninos nas persiguições e tropelias às outras meninas, arrastando a minha melhor amiga da altura atrás dela, o Tó que tinha uma franja tão grande que uma das professoras todos os dias dizia que se ele não a curtasse que o fazia andar com tótó na cabeça - e houve pelo menos uma vez que assim foi, a Irina que saiu de lá um ano antes de mim e com quem me dei muito bem, o Tiago com quem brinquei no recreio e atirei-me lá do alto dos brinquedos de metal no último dia de aulas, a Leonor Alegria, que faz anos uma semana antes de mim, o Filipe a quem eu mordi quando revoltada soube que iria separar deles todos (será que me perdoas?), a Inês Lobo minha homónima, como será que estás? e ainda o Francisco que uma vez comeu um donuts em três dentadas com muito prazer, como estarás, ainda trincas-espinhas?
Tenho muitas saudades destes amigos e penso que caminhos terão traçado na vida e se hoje estão bem, casados com filhos, enfim... num próximo post continuo a lembrar os meus amigos e quem sabe se a net não nos reaproxima...
